[...] Mas conheceu a esperança...

19 maio 2013





"..Lembranças, era tudo o que permanecia em tua mente. Ela o via em todos os lugares e conversava com ele em teus sonhos.
Não, ela não estava louca, paranoica. Simplesmente a vida lhe tirou o que era mais precioso, o que era mais belo antes do tempo. Em prantos e observando o que não existia no céu, ela pôde o ver. E querendo de alguma forma aproximar-se, tocar de alguma forma a tua face, a tua pele, sentir um último abraço, um último beijo em teus lábios, ela caminhou naquela ponte em tua direção.
Teu semblante fazia transparecer uma dor inigualável e forte há olhos estranhos.
Teu passado infeliz, teu presente triste e teu futuro desconhecido; o que seria dela naquele lugar? Nada, não seria nada!
Com um olhar distante e imaginando que ele fosse o vento, ergueu tuas mãos ao nada e segurou suas mãos. Caminhou até a ponta daquela grande ponte e imaginando os dois juntos, se jogou. Enquanto caia fechou os teus olhos, abraçou a si mesmo e o sentiu pela última vez.
Partiu sem conhecer o que era felicidade, mas conheceu a esperança e não desistiu dela, mesmo no fim."


                                               -  André Neto.

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